Balanço dos primeiros meses de aula sem celular nas escolas é positivo

Diretor do Colégio Crescer identifica melhoras no comportamento nas aulas

O início das aulas deste ano foi diferente em escolas de todo o país com a nova lei que proíbe o uso de celulares, inclusive em intervalos e nos horários de recreio. Pouco mais de dois meses de aula já é possível identificar melhoras no aprendizado e no comportamento dos alunos.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, fez um balanço positivo do primeiro mês de vigência da medida e disse que já há melhora no aprendizado. “Os alunos estão mais focados”, afirmou o secretário.

No Colégio Crescer, os intervalos estão muito mais interativos e resgatando brincadeiras comuns do passado, como jogos nas quadras, cartas, pingue-pongue, amarelinha e xadrez, além de um espaço reservado para leitura. “A escola está buscando estimular e fornecer ambientes e ferramentas que favoreçam essas brincadeiras, que além de promover a interação entre os alunos, fortalecem as amizades, desenvolvem a criatividade e tiram o foco do celular que não pode mais ser utilizado”, explica a coordenadora do ensino médio do Crescer, Maricy de Carvalho.

Para o diretor pedagógico do colégio, Anderson Gama, um diagnóstico mais preciso sobre o desempenho em sala de aula, só será possível no final do ano, depois das avaliações gerais finalizadas, porém um levantamento interno já revelou um retorno positivo na prática. “Fizemos uma pesquisa interna com todos os nossos professores e 100% deles afirmaram que perceberam uma melhora no comportamento dos alunos, com maior atenção nas aulas, mais focados e interagindo mais com os professores e colegas, e isso, sem dúvida, reflete positivamente no rendimento deles”, avalia o diretor pedagógico.

Apesar das avaliações positivas das primeiras semanas sem celular nas escolas, Anderson afirma que todos ainda estão em um período de adaptação e que será necessário um tempo maior até todos os alunos estarem desvinculados do uso do celular. “Percebemos que algumas pessoas são resistentes a essa nova Lei e insistem em trazer o aparelho para o ambiente escolar, e não resistem em usar em alguma situação, por isso estamos fazendo um trabalho intenso de conscientização e fiscalização para que o cumprimento das regras seja efetivo”, conclui.

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